quarta-feira, 27 de maio de 2015

Não há mal que dure para sempre


Eu tentei. Tentei por diversas vezes ser o que você queria. Tentei esquecer meus preconceitos, minhas verdades, minhas convicções pra entender tudo o que vinha de você. Eu não queria perder nenhum segundo ao seu lado. Te ouvi. Acreditei em você. Fiz o que pude e sabe o que eu descobri? Que estava errada. Nunca fui o problema. Na verdade, nem você. O problema estava em nós dois juntos. Eu não devia ter mudado tanto, e você deveria ter reparado mais. Eu não devia ter acreditado tanto, e você... Ah, eu não sei sobre você. Você nunca me deixou descobrir. E agora que não sou mais a mesma, não me reconheço mais. Não consigo encontrar as partes que deixei para trás. Não consigo me recompor. Sei que não será assim para sempre, sei que a parte que você roubou eu jamais terei de volta, mas não importa. Não há mal que dure para sempre. E se durar, vou aprender a colocá-lo em seu devido lugar. Afinal, não sou a primeira e nem serei a última. O sofrimento é inevitável. Mas nós que escolhemos o que fazer com ele.

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