domingo, 26 de abril de 2015

Um amor tranquilo, por favor

Pode passar o tempo que for, jamais vou perder essa mania de ser intensa. Todos os dias, o que peço é a paz de um amor tranquilo. Um lugar seguro. Me pego tentando descobrir se isso é utopia, se é irreal, se não é possível. Nunca obtive repostas satisfatórias. E será que elas existem? Olho a minha volta e vejo que as pessoas querem tanta coisa ao mesmo tempo, e eu só quero um colo. Só quero ter para onde ir. Ter um porto para os dias de tempestade, um farol para a escuridão. Quero encontrar um outro sorriso nos dias bons, um abraço aconchegante, um amor que me traga paz. Não quero que a intensidade me abandone, quero apenas que ela esteja no lugar certo. Quero apenas que ela se encontre. Vê-la perdida me destrói aos poucos. E meu maior medo é de que, quando ela encontrar seu lugar certo, já não consiga ser inteira mais. E de que maneira ela irá me ajudar intensamente despedaçada?

terça-feira, 14 de abril de 2015

Inteira

E é fato que ser inteira não é lá tão fácil assim. A gente ouve vários discursos sobre ser completo, sobre se bastar, como se pudéssemos simplesmente ouvir, analisar a informação e PLIM, agora somos pessoas inteiras. Ah, queria eu que fosse desse jeito! Queria eu acordar inteira, sem essa necessidade absurda do outro... É no encontro com o outro que nos tornamos quem realmente somos. Que colocamos à prova nossos sonhos, nossos valores, nosso eu. Até que ponto essa busca incessante de achar outro coração pode ser saudável? A resposta para essa pergunta é completamente subjetiva. Na minha opinião, não preciso do outro para ser completa, mas preciso dele para ser inteira. Não falta pedaço algum em mim, sou completa, mas para encontrar tudo de melhor que posso ser, preciso do outro para viver o amor. Vivendo o amor, estou inteira. Amando o outro, eu me encontro. Me basto. Vivo. Não existe alguém para completar meu coração. Existe um coração, que junto ao meu, me torna inteira. Imensuravelmente mais feliz.