sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eu perguntei para Deus

Eu pergunto para Deus todos os dias quem será você.
Pergunto se você terá os olhos claros ou se eles serão como os meus.
Pergunto se seu sorriso trará paz ao meu coração
Pergunto se essa paz vai durar a vida inteira, ou pelo menos peço, imploro que dure.
Às vezes sinto que você pode estar perto, e muitas vezes você parece tão longe que uma dor aguda atinge meu peito.
É a solidão.
Ela incomoda tanto, sabia? E enquanto você não chega, é ela que me acorda todos os dias.
E eu não gosto disso. Não é o meu destino. Não é o que eu quero para mim.
Novamente pergunto para Deus onde você está.
Não pergunto se você será alto ou baixo, só pergunto se caberei em seus braços. Porque é a única coisa que preciso. É a única coisa que quero.
Ter com quem contar a todo momento. Poder olhar para o lado e ver um par de olhos fixados aos meus.
Pergunto para Deus qual seria o nosso propósito, pois acredito que toda história deve ter um. Quero ter a certeza de que tudo será tão intenso ao ponto de que, quando chegarmos ao final de nossa vida, cada lembrança nos traga ainda assim o arrepio do momento.
Eu serei sua. Eternamente sua. E você será meu porto seguro. Meu encaixe perfeito. Meu. Somente meu.
E então paro para pensar e faço as últimas perguntas do dia a Deus.
Será que estou preparada para te receber? Será que o motivo da espera talvez não seja este? Será que você não está em algum lugar se perguntando a mesma coisa?
Impossível entender. Mas quem é que disse que seria fácil, não é mesmo?
Esperar sempre será angustiante. Mas pelo menos tenho no peito a certeza de que quando acontecer, quando você chegar, será perfeito.
E seremos só nós 3.
Você, Deus e eu.


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